Primeiramente,
temos que saber o que seria uma “panelinha”. Ora, nesse momento pode ser
importante que busquemos ajuda em um dicionário o para o nosso ponto de partida ao deflagrar o
assunto.
Panelinha,
[...] “2. Gír. Grupo social fechado. 3. Gír. Grupo cujos membros repartem
apenas entre si oportunidades de trabalho, favores políticos, etc.” (LAROUSSE –
Ática, 2004).
Humanamente falando, é impossível que tenhamos afinidade
igualitária com todas as pessoas. Ou seja, sempre vai haver alguém pelo qual
temos maior apreço, ainda que por um período de nossas vidas. E nós não
conseguimos fugir disso.
Porém,
esse fato não está totalmente errado, é até natural, ao observarmos a Palavra de Deus, vemos
um grupo dentro do grupo dos doze apóstolos de Jesus, a saber: Pedro, Tiago e João que tinham grande afinidade um com o outro e, inclusive, são eles os apóstolos que mais interagem com Cristo.
Ora,
esses três andavam sempre juntos por terem a Cristo como amizade comum e, também tinham suas afinidades. Pelo que parece, cresceram juntos em Nazaré, pescavam juntos e foram
recrutados pelo Senhor Jesus simultaneamente.
- “Ora, os nomes
dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu
irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão”(Mateus 10:2).
Contudo,
a vida deles não se encaixa nem um pouco com a definição extraída do
dicionário.
Por quê?
“POR NÃO SE TRATAR DE UMA PANELINHA”.
Em primeiro lugar,
os três poderiam ter uma linguagem própria quando falavam entre si,
etc., porém a panelinha é um círculo fechado, que reparte apenas entre si as
oportunidades, em outros termos, chamamos isso de egoísmo.
Isso,
nós vemos nos dias de hoje, infelizmente se prolifera entre os adolescentes e
jovens de um modo alarmante. Aliás, como professor do ensino fundamental,
estudei algumas áreas da psicologia que explicam essa busca pelo viver em grupo
como uma coisa cronologicamente normal nessa fase da vida.
Pela
ciência, esse é um momento de pôr a prova o conhecimento e a leitura de mundo
dada pelos pais, é hora de fazer “sozinho” (pelo menos, sem os pais), mas os jovens tendem, na verdade, a se
juntarem contra esse mundo novo que parece brotar diante deles.
Alguns questionam sim,
outros anarquizam e se contrapõem a tudo e a todos gratuitamente. E na busca de se defenderem desse
palco hostil, atacam.
Tornam-se
mais fortes em grupo e de uma maneira ou de outra, tornam-se excludentes, o que é
péssimo para o crescimento da Igreja do Senhor, quado isso acontece com a juventude cristã e, acontece!
Sim, é péssimo! Pois o que a
panelinha faz em prol da obra de Cristo? Nas horas de culto, conversam,
atrapalhando o bom andamento.
Essa atitude faz-me lembrar Elimas, (Atos 13.8) –
“Mas resistia-lhes Elimas [...], procurando apartar da fé o procônsul”, que no
episodio é repreendido duramente por Paulo.
Além,
de não prestarem atenção ao que Deus tem para eles e aproveitarem o momento
apropriado para cultuar ao Senhor, os membros das panelinhas são movidos pelas
suas vaidades. Não demonstram amor pelas almas perdidas, pois só conseguem
olhar para seus próprios umbigos.
É
necessário orar ao Senhor e pedir para que haja despertamento no arraial do
povo de Deus, afinal, disse-nos Jesus: “Nisto todos conhecerão que sois meus
discípulos, se vos amardes uns aos outros.” (João 13.35), essa tem que ser a
marca viva que devemos carregar, pois o Senhor faz novas todas as coisas.
Com Jesus somos invencíveis!
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